Priscila Carrara nasceu dia 19 de janeiro de 1984, primogênita dos brasileiros

Sidney Luiz Alessi Carrara e Sonia Regina Alves Carrara, em Palo Alto, Califórnia – Estados Unidos da América, o que lhe conferiu a incomum situação de dupla-cidadania – Brasileira e Estadunidense (Americana, Norte-Americana). Tendo vivido nos Estados Unidos até 1988, teve uma “alfabetização” bilíngüe, com seu pai conversando com ela em inglês, e a mãe, em português. Durante esse período vivido nos EUA, frequentava três manhãs por semana a casa de uma moça que cuidava de crianças e nas outras duas, uma escolinha da Universidade de Stanford, a Bing Nursery School.
De volta, ou vindo, ao Brasil em 1988, estudou por alguns meses na Escola Monteiro

Lobato, e depois ingressou no Jardim de Infância Pequenópolis, carinhosamente apelidado de JIP. Lá conheceu sua melhor amiga de longa data, Lídia, e deu seus primeiros passos no mundo “acadêmico”, aprendendo a ler. Nesse meio tempo, ganhou sua irmãzinha, Patrícia. Foi também oradora na formatura do pré-primário (a escola não oferecia ensino fundamental).
Em 1992, iniciou seus estudos no Ensino Fundamental no Instituto São José, colégio d

e freiras muito tradicional na cidade, onde sua mãe e suas tias haviam estudado. Não sendo de família católica praticante, e tendo sido batizada aos sete anos de idade por insistência de sua tia e sua avó, nunca se adaptou às regras e doutrinas do colégio católico. Em 1995, depois de muitas brigas com a escola, foi transferida para o Colégio Cassiano Ricardo, que segue o material didático do Sistema Anglo de Ensino.
Da quarta série até o fim do Ensino Fundamental, no novo colégio, Priscila teve uma boa

adaptação e foi aceita pelo que era: por seus questionamentos, sua família não religiosa, seus pais participativos na educação. No Ensino Médio, continuou no mesmo colégio, onde estudou até o fim de sua educação básica, em São José dos Campos.
Durante seu período no Anglo, participou de diversas olimpíadas de matemática, tendo conseguido Menção Honrosa por seu oitavo lugar na Olimpíada Ibero-Americana de 1997 e primeiro lugar na Olimpíada Regional de 2000 realizada na ETEP. Por estes feitos, e por seu histórico familiar (pai e avô materno formados pelo ITA, e mãe engenheira), acreditava-se que seguiria carreira nas ciências exatas e tal foi o espanto que causou quando escolheu a carreira de biológicas.
Desde nova, a pequena Priscila (nunca passou de 1,56cm) tinha o “sonho” de voltar a Stanford para fazer faculdade. Por empecilhos tanto de ordem financeira, quanto de ordem pessoal, não foi possível concretizar tal idéia, abrindo espaço para o segundo sonho: estudar na UNICAMP. Ingressou em 2003 no curso de Ciências Biológicas, após um tempo de dúvida entre a carreira de Bioquímica e de Biologia, e de pressão familiar (avós e tios) pela carreira de Medicina.

Em outubro de 2003, por obra do acaso, virou monitora do VI Congresso

Aberto aos Estudantes de Biologia (VI CAEB). Foi o primeiro passo para uma empreitada que se tornou “a maior dor de cabeça” – e a maior conquista – de sua vida acadêmica. O VII CAEB em 2005, do qual foi coordenadora financeira, teve mais de 1000 congressistas de todo o país e elogios de diversos professores e palestrantes.
Em meio aos preparativos para o VII CAEB, em agosto de 2004, iniciou seu

estágio no Laboratório de Genética Animal, aonde chegou por meio da disciplina BG380. Teve a oportunidade de ser, por duas vezes, auxiliar didática de tal disciplina, em paralelo ao sue projeto de iniciação científica. Foi remunerada por uma bolsa de IC da FAPESP de maio de 2005 a abril de 2006, seguido de um estágio financiado pela IAEA no período de agosto de 2006 a janeiro de 2007, ainda no mesmo laboratório. Aprendeu muito sobre a vida

científica, suas cobranças, suas dores e delícias. E percebeu que não era isso que esperava da vida. Graduada bióloga ao fim de 2006, estava com mais dúvidas do que respostas.
Em janeiro de 2007, casou-se com Plinio, companheiro desde 2001. Mudaram-se para a Espanha onde ela tirou um “sabático” e aproveitou para descansar e conhecer cada cantinho da Europa durante os 8 meses e meio que passou por lá.

Ao retornar ao Brasil e a Campinas, começou a ministrar aulas de inglês e manteve seu vínculo com o universo acadêmico fazendo disciplinas esporádicas na UNICAMP, como aluna reingressante.
Apaixonada pelas aulas de inglês, e ainda cheia de dúvidas, Priscila segue lecionando sua língua materna (ou seria paterna?), agora residindo novamente em São José dos Campos. Tem planos de morar fora do país novamente, quem sabe voltar à terra natal, mas continua levando seu dia-a-dia tranqüila com a certeza de que suas dúvidas serão solucionadas pelo tempo.
olha..alguem de sao jose..
ResponderExcluiralias..acho que ja peguei carona com voce e seu marido..
Gostei da conclusão, realmente o tempo sempre trará as respostas...
ResponderExcluirOi Priscila,
ResponderExcluirAchei mto interessante a sua história. Por algumas coincidências, meu namorado, que mora na Califórnia, também estudou no ISJ.
=]
Legal!
Beijos!
Oi, Priscila!
ResponderExcluirBem, pelo visto tem muitos biólogos matriculados na matéria.Sou 05 na Biologia e participei do meu primeiro congresso nesse ano, no CAEB que você ajudou a organizar.Gostei muito da sua trajetória!
Pois, ordem inversa!
ResponderExcluirEle mora em Berkeley. Falei de você pra ele mas não lembrou do nome. Acho que vcs nao se conheceram mesmo no ISJ.
Também gostei do seu memorial. Aliás, o blog todo está muito recheado.
Beijos!